top of page

Create Your First Project

Start adding your projects to your portfolio. Click on "Manage Projects" to get started

TAO

Tipo de projeto

Fotografia, Fine Art

Data

Novembro de 2024

Local

Amazônia

Desde a adolescência, o meu fascínio pela sabedoria oriental orientou a minha conduta espiritual e, consequentemente, minha perceção estética do mundo.
É impossível dissociar a procura de um maior contacto com a natureza, com a simplicidade, com o que é essencial na vida, do meu “minimalismo monocromático”, da minha forma de ver as coisas e expressa-las.
Em um contexto cada vez mais complexo, onde a teia da tecnologia, a confusão da informação e a radicalização das ideologias adoecem o ser humano tanto no Ocidente como no Oriente, procuro nas águas de dois rios amazónicos o “caminho”, a fonte de onde tudo provém, o “TAO” do sábio Lao Tzu.
Estes dois gigantescos afluentes que atravessam alguns países da América Latina encontram-se perto da cidade de Manaus, no Amazonas. Dois rios infinitos que se tocam, misturam-se numa extensão de 6 km sem nunca deixarem de ser o que são. Em outras palavras: o rio Negro nunca se torna Solimões, o rio Solimões nunca se torna Negro.
Essas fontes de água e de vida, que deságuam no mesmo mar, têm cor, temperatura, acidez, densidade e velocidade completamente diferentes. Algumas espécies de peixes só vivem no Rio Negro, outras só no Solimões.
Durante 3 dias consecutivos fotografei o encontro dessas águas, que se transformaram em tinta no sensor da minha Fuji e depois seguiram seu fluxo em direção a um outro mar, uma outra dimensão que chamamos de arte.


Since I was a teenager, my fascination with Eastern wisdom has guided my spiritual conduct and consequently my aesthetic perception of the world.
It is impossible to dissociate the search for greater contact with nature, with simplicity, with what is essential in life from my “monochromatic minimalism”, my way of perceiving things and expressing them.
In an increasingly complex context, where the web of technology, the confusion of information and the radicalization of ideologies sicken human beings in both the West and the East, I look to the waters of two Amazonian rivers for the “path”, the source from which everything comes, the “TAO” of the sage Lao Tzu.
These two giant affluents that cross some Latin American countries meet near the city of Manaus, in Amazonas. Two infinite rivers that touch each other, mix for a length of 6 km without ever ceasing to be what they are. In other words: the Negro River never becomes Solimões, the Solimões River never becomes Negro.
These sources of water and life, which flow into the same sea, have a completely different color, temperature, acidity, density and speed. Some species of fish only live in the Rio Negro, others only in the Solimões.
For 3 consecutive days I photographed the meeting of these waters, which turned into paint on my Fuji's sensor and then followed their flow towards another sea, another dimension that we call art.

bottom of page